domingo, 12 de dezembro de 2010

Soldagem a eletrodo tubular pode ser automatizada

Soldagem a eletrodo tubular pode ser automatizada
willianend quarta-feira, 21 de julho de 2010
O processo une a automação da soldagem MIG/MAG juntamente com a vantagem de soldar sob escória protetora dos eletrodos convencionais. Resumidamente, é como se fosse o processo MIG/MAG, mas com escória e sem a manipulação de fluxos como no arco submerso.

Com o início da sua utilização, por volta da década de 1960, o eletrodo - ou arame - tubular aumentou a qualidade do metal de solda depositado. O processo ainda oferece excelente aparência ao cordão de solda, boas características de arco, redução do número de respingos e possibilidade de solda em todas as posições. Entretanto, ganhou popularidade para soldagem de aços carbono e baixa liga, em chapas de espessura grossa e fina.

Devido à sua versatilidade e possibilidade de aplicação em ambientes considerados hostis, a utilização de arame tubular autoprotegido ganha destaque. Ambientes subaquáticos, plataformas de prospecção de petróleo, estaleiros navais e diversos locais de difícil acesso e condições de trabalhos desfavoráveis são exemplos de seu uso.

O processo é definido como sendo uma soldagem por fusão, onde o calor necessário à ligação das partes é fornecido por um arco elétrico estabelecido entre a peça e um arame alimentado continuamente.

Com duas variantes, pode ser protegido por gás inerte, gás ativo ou a mistura de ambos (chamado de dualshield) ou autoprotegido, sem a utilização de gases de proteção (chamado de innershield). Os equipamentos utilizados nos dois processos são similares. A diferença básica é o sistema de envio e controle dos gases ao ponto de trabalho, no caso da soldagem com proteção gasosa.

Vídeo demonstrando o funcionamento do Soldador Virtual

Simulador avalia processos de soldagem em ambiente virtual

o objetivo de avaliar soldagens e profissionais soldadores, um grupo de engenheiros, formados pela Escola Politécnica (Poli) da USP, desenvolveu um simulador de soldagens que prepara estudantes e novos funcionários em treinamento em processos seletivos. O aparelho reduz os custos para a empresa e proporciona total segurança durante o processo de avaliação.
O simulador foi desenvolvido pelos engenheiros Freddy Poetscher, Cristiano Fernandes Lagatta e João Lucas Alves, todos formados pela Poli, respectivamente em Engenharia Metalúrgica, Mecatrônica e de Materiais. Os três são sócios na Testmat Consultoria e Treinamento, uma empresa prestadora de serviços de engenharia, automação e treinamento.
Atualmente inserida no Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec), incubadora de empresas conveniada à USP, a empresa desenvolve projetos de ambientes virtuais para seleção de materiais. Além do Solvi, ela está desenvolvendo o Microscópio Virtual e o Pintor Virtual.
O aparelho, denominado Soldador Virtual (Solvi) é um conjunto de hardware e software que simula o processo de soldagem. Uma tocha de solda com um sensor acoplado capta os movimentos do soldador e simula, em um monitor, o cordão de solda. A avaliação da qualidade da solda leva em conta elementos como precisão, velocidade, distância, entre outros.
Poetscher explica que “o Solvi é como um simulador de avião, que tem objetivo de treinar profissionais e avaliar a perícia e o desempenho durante o processo de soldagem”. Ele será utilizado por escolas técnicas, empresas de qualidade de soldagem, em processos de seleção de soldadores.
Inovação
Poetscher ressalta que o Solvi é o primeiro simulador virtual da América do Sul, sendo que toda a tecnologia foi desenvolvida no Cietec. “Ao contrário dos concorrentes estrangeiros, que utilizam máscaras de simulação virtual, nosso simulador tem como diferencial três pontos principais: o uso de uma tocha de solda real; a possibilidade de avaliação imediata do soldador; e avaliação qualidade da soldagem, por meio de resultados objetivos sobre o desempenho do processo”, explica o engenheiro.
Segundo o Poetscher, o Solvi começará a ser comercializado ainda neste primeiro semestre de 2010, com uma parceria com o Infosolda, um portal brasileiro de soldagens. A pedidos de alguns usuários, os sócios da Testmat estudam a ideia de desenvolver a máscara para criar ambientes de realidade virtual para o simulador.